Arpões

Convenhamos que já fomos melhores. Convenhamos que o que nos servia de alicerce era a vontade de devorar o futuro. Hoje é o medo do quarto frio e solitário. Vê que convém ter alguém nesta época do ano? Sei que sou terrível com os meus acessos de: futilidade, puerilidade. De: chatice, babaquice. De: letargia, misantropia. Não posso nadar contra tais marés com as barbataninhas que me sobraram depois de tantas caçadas a que fui submetido. Hoje cuspo arpões, baby.

05/08/2011

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 06/08/2011
Código do texto: T3142366
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