A rosa
Sempre acreditei na simplicidade da vida.Mas a minha crença foi morrendo aos poucos,desde o dia que conheci alguém que refurtou todas as minhas idéias.Um jardineiro que varreu as folhas,sendo o autor de tantas mudanças.
O jardineiro cuidadoso cuidara da delicada rosa desde aquele dia que a viu,caída ao chão.Levara a rosa a um vaso em sua mesa de cabeceira e a regava com todo o carinho que poderia reunir em si mesmo.
A rosa tornava-se mais bela a cada alvorada.Uma rosa rubra,que encantava qualquer olhar que pousasse sobre ela. A beleza incomparável da flor causava inveja a outras flores do jardim.
Um dia,desses dias nublados que perturbam as mentes sãs, o ingênuo jardineiro conheceu uma moça.Uma moça simpática e agradável,que despertou-lhe uma paixão inesperada.Ele passou a passear no bosque com ela todas as manhãs e ir vê-la todas as noites.
A contagem do tempo não demorou ser esquecida pelo jardineiro.Uma tarde,porém,ao voltar para casa,pensando em sua rosa,teve uma desagradável surpresa.Encontrou a rosa despedaçada e morta.
A visão de sua dançarina de saias vermelhas agora "despetalada",roubou seus olhos e espantou-lhe.Os olhos escuros marejados e um vazio inexplicável eram a face de um homem incrédulo e morto.Em pranto,caído ao chão,estava o homem forte,agora ausente.
A rosa morta e o jardineiro enlouquecido formam o par sempre separado pela ausência.