Infinito
Da face bem feita, os traços
Os alinhamentos planetários perfeitos, marcados no rosto, pela simetria completa ,
que no primórdio da existência, parece traçado para que eu nunca desista.
O pedaço do sol, sonolento das primeiras horas matinais, no traçado grato do sorriso,
E na alegria que persiste e perdura sobre os reversos naturais do tempo
Na força dos braços
Na lisura bem vinda do dorso na cama
E encosta, e beija, e envolve-me na rede, o quão belo há em ser peixe, desde que haja tuas mãos para puxar.
Agarro, entre as curvas plácidas, e o sol toma forma,
Ao passo que caminha chuva, molhada, molhando-me, na polidez das formas.
E na maciez do que a boca cobra
Na plenitude das palavras ditas no silêncio
Prossegue teus passos, moldando em meus rastros
Avivando meu viver
E na brancura das asas, voa alto, sob a chuva fina.
Desenhando no céu as nuvens do destino e da verdade.
Brincando de pipa com meu coração.
Na rispidez da linha, afastando a distância que o vento traz
E respiro
E como agradeço ao respirar , teu cheiro , pois é nele que amanheço
Enterrando as cinzas que outrora estavam nos pés cansados
Passando o pé por cima do tapete de boas vindas
Com a alma infinita, colorindo a paisagem das ruas que já não possuem cara de inverno.
Eu apenas espero
O tempo decidir-se por nós.
Então que seja dito
É amor,
E dele o mais infinito