Infinito

Da face bem feita, os traços

Os alinhamentos planetários perfeitos, marcados no rosto, pela simetria completa ,

que no primórdio da existência, parece traçado para que eu nunca desista.

O pedaço do sol, sonolento das primeiras horas matinais, no traçado grato do sorriso,

E na alegria que persiste e perdura sobre os reversos naturais do tempo

Na força dos braços

Na lisura bem vinda do dorso na cama

E encosta, e beija, e envolve-me na rede, o quão belo há em ser peixe, desde que haja tuas mãos para puxar.

Agarro, entre as curvas plácidas, e o sol toma forma,

Ao passo que caminha chuva, molhada, molhando-me, na polidez das formas.

E na maciez do que a boca cobra

Na plenitude das palavras ditas no silêncio

Prossegue teus passos, moldando em meus rastros

Avivando meu viver

E na brancura das asas, voa alto, sob a chuva fina.

Desenhando no céu as nuvens do destino e da verdade.

Brincando de pipa com meu coração.

Na rispidez da linha, afastando a distância que o vento traz

E respiro

E como agradeço ao respirar , teu cheiro , pois é nele que amanheço

Enterrando as cinzas que outrora estavam nos pés cansados

Passando o pé por cima do tapete de boas vindas

Com a alma infinita, colorindo a paisagem das ruas que já não possuem cara de inverno.

Eu apenas espero

O tempo decidir-se por nós.

Então que seja dito

É amor,

E dele o mais infinito

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 04/08/2011
Código do texto: T3140173
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