seria sincero
… e foi então que o garoto percebeu que ideais não falam por si só. Mesmo com a certeza de que ele não poderia mudar o mundo, ele sabia que, de uma forma ou de outra, era com a sua vida que ele não estava satisfeito. Havia se cansado de viver à base de hesitações e medo dos riscos. Seria sincero e, por mais que aquilo lhe trouxesse problemas, diria com toda a convicção que a amava. Não esperaria reciprocidade, muito menos compreendimento. Apenas procurava a chance de deixar de ser enganado por ele mesmo. E com sorte, ele entenderia que, ao contrário do que lhe fizeram acreditar, aqueles sentimentos não deveriam ser encarados como sinônimos claros de sofrimento. E, com mais sorte ainda, ele veria que o mundo não é um lugar tão decepcionante assim. Bem, pelo menos não para ele. Não agora.