Ode a Alegria



Ode a alegria
 
Somos humanos.
Todos merecemos momentos de alegria e de felicidades.
Todos as buscamos.
 
Por acaso ou por merecimento, alguns as encontram, outros apesar de a merecerem quase nunca as encontram.
 
Para mim, entendo a alegria como um estado de manifestação de contentamento, satisfação ou prazer. Desta forma estaria mais ligada a obtenção, realização ou conclusão de algo desejado ou mais físico. Em contrapartida, entendo a felicidade como muito mais ligada ao bem estar mental, a satisfação interior e a um estado de paz de espírito.
 
A felicidade estaria assim mais relacionada a um estado mental interior, e a alegria estaria mais para um reflexo passageiro, de momento.
 
Mesmo pessoas que se encontram em estado de infelicidade encontram, vez por outra ou mesmo de forma casual, momentos de alegria.
 
Desta forma entendo que todos acabamos, mesmo os mais sofridos, encontrando passagens alegres em nosso viver.
 
Sendo a felicidade um estado mais interior e profundo, por isto mesmo mais marcante a longo prazo, entendo que algumas pessoas acabam não encontrando a felicidade plena.
 
Tanto a alegria quanto a felicidade são estados que se alternam, muitas vezes de forma dessincronizada, ao longo de nossa vida: Alegria e tristeza, Felicidade e infelicidade.
 
Pessoas que possuam menores limites de desejos ou que não nutram esperanças sobre fenômenos ou eventos que não lhes estejam sobre controle, tendem a ter mais alegria e felicidade.
 
Pode parecer estranho, mas entendo ser totalmente possível que tenhamos momentos alegres em plena realização de passageira infelicidade, ou ao contrário, ter instantes de certa tristeza em pleno sentimento de felicidade.
 
De qualquer forma, alegria e felicidade são possíveis e nos fazem bem. Somos mentalmente preparados para viver sem elas, mas são estados que nos completam como seres humanos.
Entendo que entre o sentimento de felicidade/infelicidade ou de Alegria/tristeza, o estado de infelicidade é para a maioria dos humanos socialmente incluídos, muito mais uma situação de desequilibro entre o possível e o desejado, do que o de real infelicidade, Muitas vezes nos sentimos infelizes quando na verdade desejamos muito acima das nossas capacidades e transferimos para terceiros a capacidade de realizarmos o que desejamos. Quando alinhamos naturalmente o desejado com o possível, a maioria de nós passa naturalmente a um estado mais tranquilo de felicidade.
 
Infelizmente isto não vale para os excluídos sociais, os miseráveis quase que plenos, que sequer conhecem o que é a dignidade minimamente humana, para estes, só restam uma chance, a de que com ou sem a participação deles, transformemos a realidade social, econômica, cultural e política de nossa sociedade fazendo com que todos os humanos sejam verdadeiramente iguais não somente em espécie, mas em humanidade e dignidade de vida.
 
Por isto sou um pouco Epicurista e acredito piamente que tanto a felicidade quanto a alegria são ambas dignas de serem buscadas e que ajudam na dignificação de nossa humanidade.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 02/08/2011
Código do texto: T3135684
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