O Mercantilismo Psíquico

Digamos que eu até “aceite”( vivo nesse mundo, culturalmente falando) o capitalismo e suas formas de incidir nas pessoas seja por meio das relações e sua descartabilidade ou por meio do consumo excessivo e impensado, pautado no ter e parecer e não no precisar. Afinal de contas, o objeto assumiu um status de sentido vital que chega a sobrepor o real da experiência, da busca, do desejo, da falta. Na verdade o desejo assumiu outro sentido, mais efêmero, menos elaborado e sobre o efeito do imediatismo, sendo subseqüentemente substituído, perdendo assim o processo de construção. O que mais me incomoda nisso é a apatia, o desinteresse e o descuido de algumas pessoas que transformam a afetividade em mercantilismo! Não conquistam, apenas colecionam.. Cercam-se de coisas ou pessoas para garantir um certo acolhimento ou aparato que confere uma falsa segurança.Ora se houvesse ao menos dentro disso tudo o câmbio...poderia até encarar de forma mais amena... Mas quanto mais o tempo passa e as evoluções tecnológicas se apresentam, mais o distanciamento se coloca, alías ele achou um ótimo lugar para repousar. Isso seria outro grande paradoxo: Ferramentas criada para auxiliar na diminuição das distâncias físicas estão na verdade contribuindo para um distanciamento psíquico.Diminuiram as doações em detrimento das cobranças.

Tarja
Enviado por Tarja em 02/08/2011
Código do texto: T3135113