Moral

Há quem tema a morte, mesmo convivendo, despercebidamente, com ela diariamente. Sentam-se em seus confortáveis sofás de três lugares, tomam uma cerveja ou comem um biscoito, julgam mulheres semi nuas na tv, assistem a novela das oito e então vão dormir felizes por estarem ainda vivos. Se isso for vida, é a mais próxima da morte que já vi. Quanto aos valores, hoje são apenas papéis, valores monetários e nada mais...É o que dizem por ai. Os morais? Dizem que se perderam ao se passar as gerações. Pergunto-me se os jovens é que perderam os valores morais ou se ser jovem é algo sobre reconhecer e ressaltar valores, popularmente visto como rebeldia. E há aqueles, ainda, conservadores de uma ética pré-histórica, que se julgam em posição para apontar de forma inquestionável o certo e o errado. E o respeito? Inexiste neste caso. E são os jovens que não têm respeito, certo? ... Mesmo sendo o caso, motivos não os faltam para tal suposta posição.

Aquele que se põe a questionar os costumes e os valores morais a sua volta, acabará descartando um certa quantia dos mesmos. Haverá então uma divergência moral para com os seus próximos. E se não houver respeito de uma das partes, não haverá de ambas. E assim iniciar-se-á um episódio predefinido na mente de todos os "experientes" no assunto "vida e suas explicações".

Esse é o meu inferimento e eu acredito nisso. Acredito também que tempo não necessariamente caminha junto ao conhecimento. Acredito que as pessoas deveriam buscar um pouco mais de entendimento sobre o que as cercam. Talvez assim o respeito encontraria o seu devido lugar e, talvez assim, evitar-se-iam aquelas guerras privadas que destroem as pilastras de uma estrutura familiar.

Por fim, como diria Einstein, "A tradição é a personalidade dos imbecis".

Pedro Alencar
Enviado por Pedro Alencar em 31/07/2011
Reeditado em 31/07/2011
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