Pensamentos neutros virados em escombros.
Sei que muitas vezes me perdi em pensamentos, me fechei feito uma porta e voei como o vento, relaxei no trajeto junto dos escombros que sobraram de alguma carcaça que trouxe o tempo. A verdade segue em anexo e não mais em corpo inteiro, só abrindo-se para saber o que é certeiro. Sinto que deveria falar mais, porém, escrever me faz refletir dos problemas em cativeiro.
Procuro em lugares neutros, na civilização da minha memória, algo que me possa fazer lembrar de um tanto quanto o outro aspecto em questão.
Ás vezes, sinto-me presa por correntes malignas que dão forças ao bem material para me segurar. Quero que o céu saiba que as estrelas me falaram da inconveniência de certas pessoas que reclamam de mais da sua vida em ação. A incerteza só faz transparecer o medo que se amontoa no semblante e faz a hesitação crescer.
Por isso, quando não se tem respostas para perguntas indecisas, os pensamentos neutros viram escombros que acumulam a parte da memória, jogando aqueles resíduos de idéias fora. Fazendo-as sumirem com o tempo.