Para que não sejamos
Para que não sejamos a soma de todas as tragédias humanas, tragédias consentidas e feitas em plena consciência de nossos atos, das nossas vaidades, invejas, ódios e intolerâncias. Para que não sejamos o que sobrou da incapacidade de pensar um mundo diferente, de uma história que nos renega apenas memórias do que poderia ter sido e não foi. Procuremos, então, um sonho teimoso, um sonho que parece nos acometer uma espécie de crime, que hoje atenta ser o mais incômodo para as pessoas e, ao mesmo tempo, o mais irrealizável: pensar e fazer um outro mundo possível.