Oceanus Procellarum
Eu imploraria por perdão se existisse pecado
Eu até me ajoelharia se existisse um deus
Mas sabe o que há? Mentiras, farpas, dor!
A ilusão cômoda sobre um mundo e seus encaixes quebrados
Os brinquedos manchados foram largados no quintal
E a imagem desperta o rancor de quem foi esquecido num mundo podre
O ódio vai escalando a garganta, somando-se a gritos guardados nas trevas
Vontade de gritar e destruir todo esse ciclo imbecil, os altares profanos de deuses mortos...
As estrelas confortam meu coração destituído de inocência
O sangue arde dentro do traje de carne, do corpo fraco ainda
Essas palavras sobre fé e sobre amor, que mentirosamente estão sendo escarradas
Vocês tem abraçado o mundo, apunhalando friamente as pobres almas
Malditos! Imundos! Destronados! Subservientes do caos
A marca do pior mal esta nas suas crenças
Evaporem! Misturem-se ao nada e simplesmente inexistam!
Apodreçam vossa santa-mística-divina-religiosa idiotice!
Vocês deixam um vácuo na história da vida
Planejam arrebanhar, mas estão perdidos
Sozinhos entre tantos, ferem tantos mais
Mas, o dia da verdade corre mais que o vento, e já vem
Existe uma canção que criou a vida
Existe o primeiro que dançou entre as estrelas
Existe uma vida além de toda essa inverdade
E logo subiremos tão alto, e tomaremos o nosso lugar
... Que toda essa mentira roubou!