Procurando respostas

Ele não era ignorante. Muito menos poderia ser considerado uma pessoa fria. Mas um sentimento lhe aflorava o peito: sentia êxtase pelo proibido, o ilegal.

Na sua mente só havia um espaço.

O elefante em sua parede dedurava as outras versões/visões sobre o mesmo fato. Mas que fato? Do que estamos falando? Porque quando eu toco vejo uma coisa. Ele toca, logo vê outra. Ela, outra. É assim. Tudo, na verdade, não é igual. Olhares atentos. Não só isso e sim todos os sentidos. Questão de expressar-se.

Almas inocentes sendo mortas. Um inocente matando. Inocentes, eles, a que ponto? Se atos são feitos a todo momento, determinando assim conseqüências.

Eu não posso julgá-lo sem saber. Assim como ele não pode me julgar.

E aí? Aonde paramos?

Uma questão moral?

Homem x homem. Ser x ser. Tudo no mundo x nada no mundo.

Está além, muito além.

Quando alguém souber a resposta, por favor me avise.

Texto baseado no filme Elephant.

Mariana Rufato
Enviado por Mariana Rufato em 27/07/2011
Reeditado em 08/06/2013
Código do texto: T3122592
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