A robusta fragilidade humana.
Espanto-me ao perceber o quão robustamente frágil é o ser humano!
Desde o nascer somos educados para conjugar o verbo “conquistar” e quase sempre na primeira pessoa do singular. Somos conquistadores, só não sei se natos ou induzidos! Tudo fazemos para conquistar, ganhar, ter, alcançar. Porém de repente tudo pode desmoronar, não sei medir a possibilidade de excluir o exagero do que é natural, sei apenas que por tantas vezes me sinto tão incapaz de entender o que acontece ao meu lado que fico inerte em um estado de consciente inconsciência. E isso acontece quando toco com a mão a robusta fragilidade humana. Quando percebo o que não é feito, ou feito em exagero, o que é deixado, trocado, levado, tirado, enfim me sinto surpresa quando toco a fragilidade humana.
E diante de tal fragilidade me questiono sobre valores, conceitos, “conquistas”. Que tenho feito para chegar onde cheguei? O que tenho sacrificado? O que precisarei sacrificar? Vale realmente a pena sacrificar tanto para tão pouco? Vale me prender a um presente que me sufoca para que o meu futuro tenha um ar melhor para ser respirado?
Perguntas que pairam em meu coração e que, de certa forma, gritam em minha alma. Não tenho respostas, nem para essas nem para outras que sinto girar em mim, apenas sinto a perplexidade de notar o quão robusta é a fragilidade humana.