Honrada Missão - Introdução
Desde meados de 2009, descoberta e tratada como a salvadora bandeira de um ser ainda duvidoso sobre o próprio destino. Foi-me impossível viver até a citada provável medida temporal como uma bactéria inanimada, sedenta por atribuição existencial, mas, perdido em sua busca, seguiu influenciado por substâncias nocivas de alta potência de destruição da minha individualidade e senso de vivência em minha própria essência.
De que honrada missão estou falando em tão humilde pensamento? Simples... Ser um professor.
E, me permitam repetir a última frase com mais veemência: SER UM PROFESSOR!
Dentro das linhas do meu passado, posso rebuscar as afirmações de que essa seria uma das últimas profissões a serem estudadas no meu futuro profissional/pessoal. Como me enganei... Ainda em minhas areias passadas, reviraram-se torrentes de sentimentos de aversão a qualquer manifestação referente a estudos de qualquer que fosse o assunto. Novamente, enganos...
Não lhes peço que compreendam uma só linha desse documento. Apenas objetivo registrá-lo com a função de declarar aqui o que significa o título do escrito.
“Antes tarde do que nunca”. Uso-me desse dito popular por é precisamente o elemento perfeito para eu expor a minha necessidade de explicar o porquê da “Honrada Missão”.
Ainda que de forma tímida, e bastante ociosa por sinal, sempre mantive contato com duas disciplinas em especial; língua portuguesa e língua inglesa. Porém, não posso atribuir com infinita certeza, mas a causa do tratamento um tanto desdenhoso com as referidas ricas fontes de comunicação humana cultural, profissional, pessoal ou que seja a ordem a ser utilizada, era a falta de um objetivo central para estudá-las e assimilá-las como produto para estrutura da formação do meu caráter enquanto cidadão ciente da importância de sistemas sólidos de comunicação. Apenas um palpite, acredito...
Na liberdade de tentar expor em outras palavras, digo que para mim a língua portuguesa e a língua inglesa não me eram úteis. Estudava-as em nível obrigatório, imposto pela minha educação básica, fruto da exigência clara de meus pais, que certamente me desejavam conhecimento o bastante para um futuro ao menos digno. Não... Eu não tive contato com elas por livre arbítrio.
Mas, o tempo passou, levando-me alguns anos em ócio venenoso. Os livros de nossa rica e sagrada literatura assistiram-me tristes, percebendo que aos poucos eu ia me degradando no profundo lago da existência desmedida e desprovida de propósitos. Anos desperdiçados em vastos desertos de inutilidade intelectual, empobrecimento dos conceitos, nenhuma identificação comigo mesmo. Os anos iam minando-me as fibras cerebrais, neurônios rumando ao fim, devido a falta de trabalho significativo para os mesmos. A língua portuguesa e a língua inglesa foram crescendo, e eu...
Já aqui expliquei a conturbada relação entre elas e eu, mas, ainda não construí o alicerce principal desse texto; “Honrada Missão”.
Sou um estudante de letras em meu último ano de graduação. Antes que se perguntem a razão de minha escolha sobre tal curso, lhes poupo da dúvida encarecidamente.
Ainda em futuro indefinido, vaguei durante cinco anos no ostracismo profissional, (contando o tempo total desde que concluí o ensino médio)exatamente por querer ignorar a necessidade de pensar em uma carreira que desse forma e conteúdo aos posteriores rumos de minha jornada. Cursos de informática, contabilidade e desenho (esse último de certa forma interessante) tentaram dar-me luz sobre o que seria o meu futuro. Com exceção do último, que até certo ponto me demonstrou um profundo interesse e até mesmo grande possibilidade de identificação, todos os outros foram fracassos iminentes em minha vida.
Uma última menção deve ser feita ao desenho. Como forma de manifestação artística, encontrei nessa manifestação a talvez “inspiração da minha vida e futuro”. Mas anos depois, o desenho também encontrou sua sepultura em meus ideais. E, finalmente... “Honrada Missão”