EU

Hoje eu sei que nada resta daquele menino inocente de antes. Talvez, apenas o olhar, mas a alma em si, não é mais a mesma. As pessoas me modificaram. A loucura delas. Em cada abraço, em cada palavra, eu deixei o velho Devid ali. Joguei fora algumas certezas...destruir algumas ilusões. Desvencilhei-me de algumas bagagens para que eu pudesse caminhar sem pesos. Adquiri os velhos ensinamentos budistas de “desapego”...e vivo melhor. Hoje cada pessoa, cada lugar, cada ato, cada palavra ganhou espaço e duração exata para ser tornaram infinitas sem que eu as quisesse possuir pra sempre.

Aprendi apreciar a beleza das flores sem precisar levá-las para casa.

Devid Castro
Enviado por Devid Castro em 23/07/2011
Reeditado em 13/12/2012
Código do texto: T3113883
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