EU
Hoje eu sei que nada resta daquele menino inocente de antes. Talvez, apenas o olhar, mas a alma em si, não é mais a mesma. As pessoas me modificaram. A loucura delas. Em cada abraço, em cada palavra, eu deixei o velho Devid ali. Joguei fora algumas certezas...destruir algumas ilusões. Desvencilhei-me de algumas bagagens para que eu pudesse caminhar sem pesos. Adquiri os velhos ensinamentos budistas de “desapego”...e vivo melhor. Hoje cada pessoa, cada lugar, cada ato, cada palavra ganhou espaço e duração exata para ser tornaram infinitas sem que eu as quisesse possuir pra sempre.
Aprendi apreciar a beleza das flores sem precisar levá-las para casa.