Ah... Se aquela chave falasse...

Pra que serve uma chave sobre o chão onusto de tantos passos já passados e robustos por viandantes tristes ou divertidos à palhaços com dores de amores repassados pelos seus próprios passos conjugados a anciões de jovens corações de aço? Aquela chave desbotada indicava uma longa vida girada e; revirada em nada nesta estrada perdida. Chave qual parecia indicar a resolução de problemas. A todo o momento de alegria ou tormento abrindo o caminho para algum pensamento. Quiçá, algum escaninho daninho de falso ou autêntico documento de belo cenário. Uma certidão de amor, de batistério ou sério mistério de algum casamento em flor. Quanto segredo guarda atrás de uma porta em seu silencioso degredo. Ah... Se aquela chave falasse... A chave do sucesso, a chave do céu, a chave do coração, da emoção, da paixão, do escritório, do banheiro do estacionamento refeita por algum importante chaveiro daquele momento, do consultório, do cofre milionário da casa bancária bancando a otária às vezes esperando a troca de mão do gerente a do ladrão. A chave do carro moderno, que confusão, de tão disputada tornou-se mixa por qualquer mixaria hodierna. Provocando tiro a tirar vida havida na sorte e agora na morte do homem de terno. Chave de alusão à ilusão. Chave do inverno. Chave do inferno... Chave da Terra onde em si mesma se encerra...

A chave da vida, a chave da morte

A chave do amor, a chave da sorte.

A chave é multifacetada no bem e no mal.

Seja uma chave do amor!

O Clarim da Paz

jbcampos
Enviado por jbcampos em 22/07/2011
Código do texto: T3111249
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