Balas de Borracha.
Coagidos, todas as minorias perecem sob a sorte e rezam para que não caia a chuva acida. Não consigo ouvir as minhas orações, há muito barulho lá fora, e por vezes prefiro estar em mim, falta silêncio nesse lugar onde muitos querem falar, me perdoem eu não posso ouvi-los, não assim.
Ambições em vozes de poder, que ditam e mandam, e olhem onde estamos, agredidos por uma guerra que não nos pertence, as armas apontadas para o peito, são os olhares vorazes vitalicios, não há romances, tampouco rosas, todos pisam no gramado, não há verde, e nem verdade que poupem os seres humanos desse esgoto.
Pairamos sob o ar negro, das más vontades, reflexos de espelhos quebrados, sépios pelo tempo, consumidos pelo ódio inquestionavél daquilo que não compreendem, e ora, jamais alcançarão.
E a preguiça ideológica de se ir além, mártires das revoluções, que morrem com bala no peito, vitimas de um suicidio, por esperanças esquecidas pela ascensão dos padrões sociais, pela ascensão do poder, e não poder, de mandar e não mandar, onde é que estamos?
Vitimas do crime sistemático, sem coragem, sem razão, marionetes a caminho de uma morte digna, com aposentadorias miseravéis, ou com a morte antecipada pelas agressões da vida.
Não existem os sonhos, tampouco a raridade da nobreza que perdura na arte da guerra. Hoje somos sangue derramado, corpos mutilados, e será que alguém pode me dizer o Por que?