Lembrança noturna

A tempos não se via nada igual,

A tempos não se ouvia nada parecido,

O uivar de um lobo,

O choro de um deus.

Lágrimas em uma alma pura,

Gritos ao anoitecer

Angustia em uma alma humana,

Solidão tenebrosa toma todo seu ser.

Um dia por quão amado foi

Hoje, nesta noite enfadonha, é o que menos se lembra,

Aquele que nada carrega,

É aquele que nunca sentiu

A lágrima da alegria pelo teu rosto rolar,

O olhar de rancor por ti desabrochar

A voz de agonia em teu nome gritar, e

Calado em teu manto, hoje,

Guardadas foram as palavras que libertar-te-iam

Ou quem sabe, por tristeza,

O levaria.

Eccentric
Enviado por Eccentric em 05/12/2006
Reeditado em 09/03/2007
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