Lembrança noturna
A tempos não se via nada igual,
A tempos não se ouvia nada parecido,
O uivar de um lobo,
O choro de um deus.
Lágrimas em uma alma pura,
Gritos ao anoitecer
Angustia em uma alma humana,
Solidão tenebrosa toma todo seu ser.
Um dia por quão amado foi
Hoje, nesta noite enfadonha, é o que menos se lembra,
Aquele que nada carrega,
É aquele que nunca sentiu
A lágrima da alegria pelo teu rosto rolar,
O olhar de rancor por ti desabrochar
A voz de agonia em teu nome gritar, e
Calado em teu manto, hoje,
Guardadas foram as palavras que libertar-te-iam
Ou quem sabe, por tristeza,
O levaria.