O casamento
O casamento
“Vestida de branco de véu e grinalda, lá vai esmeralda casar na igreja...” Esta música é tão antiga que já nem lembro a década. Deve ser anos cinqüenta. E a noivas continuam casando na igreja, de branco e de véu e grinalda. Ao participar dias destes, de uma cerimônia assim, cheguei a conclusão que a evolução em certos costumes é relativa. Lá estavam o noivo no altar, os padrinhos, que, diga-se de passagem, agora é um batalhão de padrinhos. Todos desfilando com suas roupas alugadas, ou não, mas com estilo. As madrinhas se esmeram no figurino. Só não pode ser branco. Mas longo é quase obrigatório. Os rapazes suportam com heroísmo o terno e a gravata.
Mas, continuando, estava tudo lá como no passado. A noiva entrando pela nave de braços dados com o pai. Linda como uma princesa. As menininhas olhando maravilhadas. A música mudou. Em vez da marcha nupcial tradicional, agora para cada momento tem uma música especial. O noivo emocionado com lágrimas nos olhos era o próprio Romeu. São fotografados, filmados, desde o começo. Cada instante é gravado para sempre. A igreja está maravilhosamente enfeitada com flores do campo. Nisto os organizadores são tão perfeitos que a gente fica imaginando de onde sai tanta flor natural e linda. Modernidade. Tem na floricultura da esquina. O pai entrega a filha ao noivo. O padre inicia a cerimônia e os convidados se emocionam. Outra mudança; No passado o noivo levava a aliança no bolso. Agora não. O padre anuncia a entrada das alianças. E lá vem uma menininha de três aninhos parecendo um anjinho carregando uma cestinha com as alianças. Isto com acompanhamento musical.
Fim da cerimônia. Tudo igual. Chuva de arroz, festa com muito doces, o lindo bolo da noiva com os dois noivinhos em cima, jogar o buque para as mocinhas que procuram o príncipe encantado.
Que sejam felizes para sempre