O NASCER DAS BORBOLETAS

Em muitas situações, a intimidade criativa propicia fórmulas e recursos para vencer o antagonismo. Assim, quem tem a hostilidade no fluir de inúmeras horas, poderá vir a contemplar a transfiguração: a novidade aprazível. E, apesar de atazanado pelos “grilos”, o poeta consegue fazer o mundo diferente: um feudo de fantasias em que até minhocas criam asas como fossem borboletas. Mercê de seus falsos voos, os expectantes juram que são verdadeiras. E a vida fingida escoa ancorada nessa certeza do Novo. Só pra que não passemos por falsários...

– Do livro SORTILÉGIOS, 2011.

http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/3101723