UM ROSTO NA MULTIDAO

Talvez eu jamais venha a saber teu nome.

Talvez eu nunca mais reencontre voce numa estacao de metro. Naquele instante que nossos olhos se cruzaram tudo parou, o ritmo frenetico das pessoas era uma realidade a parte. Olhei insistentemente o seu modo de caminhar, estudei sua fisionomia, aproximei me e axpirei o seu suave perfume. Sua expressao tirou minha concentracao, naqueles breves momentos em que o trem parava de estacao em estacao, queria ter tido coragem, coragem para falar te. Mas voce desceu numa destas estacoes, entao te perdi. Perdi te nos sonhos nao vivenciados, perdi te pela falta de ousadia. E o vi sumir entre a multidao, deixando em meu peito uma lacuna. Deixando me perdida na fantasia de como seriam seus beijos, o tom de tua voz. Todos os dias quando pego o trem, ha em mim uma esperanca, as vezes ate sinto seu perfume a invadir minhas narinas.

Quando me viro deparo me com rostos desconhecidos, e a dor de nao saber qual seria seu destino me entristece. Provocando em minha alma um sentimento de ausensia e incompreensao.

CAMOMILLA HASSAN
Enviado por CAMOMILLA HASSAN em 05/12/2006
Código do texto: T309633
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