SemNome
Ainda não sei por que e até quando ficar sacrificando o Ser pelo Ter. Não sei mais como arranjar meios de continuar com essa prostituição, com essa comodidade, com essa contínua e pífia batalha diária por ora, semanal por enquanto, e eterna enquanto eu durar. Sabe quando você faz tudo nos conformes e até melhor do que esperam, do que você mesmo espera, e a recompensa não vale o esforço? O que me martiriza é pensar o tempo todo, ponderar o tempo todo; diariamente traçar e deixar de lado estratagemas que poderiam dar uma possível melhoria na fluência dos meus pensamentos/sentimentos em relação à essa coisa toda. Só quero minha liberdade de volta. E não falo de vagabundagem, de ócio - mesmo porque eu odeio ambos. Falo da minha liberdade de NÃO PENSAR em tudo o tempo todo, de não ficar justificando a minha existência o tempo todo. Ninguém vai entender. Quando essa foto foi batida, em 2008, eu estava numa situação relativamente pior do que a atual. Mas meus pensamentos voavam, voavam, voavam... E a vida era só viver, não uma interrogação que precisa ser desentortada e virar exclamação. Alguém já viu caixão no formato de gancho, por acaso? Ele é reto.
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Joy Division - Transmission