Eu era criança

Nos tempos de criança eu andei...

De bonde aberto e também no bonde camarão

Nas jardineiras condução que balançava nos buracos

Nos trens subúrbio agarrado no corrimão.

Muita gente no corre-corre

Verdadeiro formigueiro

No transito alguém sempre morre

Com a sanfona na mão virei sanfoneiro.

Claro que somos pegos inesperadamente

Acontecem tragédias – situações inesquecíveis

Incêndio na empresa de oxigênio – materiais perecíveis.

Finalmente o Metrô foi inaugurado

Viajem gratuitas fui lá pra conhecer

Confesso que fiquei preocupado

Vinte metros abaixo me senti um tatu sem ser.

Agora estão falando de construir o trem bala

Pra mim essa idéia é pura ficção

Construir novos aeroportos nem sem fala

Daí, cai mais um por ato de corrupão.

Só mudam os batedores

Segundo a sabedoria popular

Os reios continuam os mesmos

Para não viver estressado vivo a cantalorar.

Tangerynus
Enviado por Tangerynus em 14/07/2011
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