Eu era criança
Nos tempos de criança eu andei...
De bonde aberto e também no bonde camarão
Nas jardineiras condução que balançava nos buracos
Nos trens subúrbio agarrado no corrimão.
Muita gente no corre-corre
Verdadeiro formigueiro
No transito alguém sempre morre
Com a sanfona na mão virei sanfoneiro.
Claro que somos pegos inesperadamente
Acontecem tragédias – situações inesquecíveis
Incêndio na empresa de oxigênio – materiais perecíveis.
Finalmente o Metrô foi inaugurado
Viajem gratuitas fui lá pra conhecer
Confesso que fiquei preocupado
Vinte metros abaixo me senti um tatu sem ser.
Agora estão falando de construir o trem bala
Pra mim essa idéia é pura ficção
Construir novos aeroportos nem sem fala
Daí, cai mais um por ato de corrupão.
Só mudam os batedores
Segundo a sabedoria popular
Os reios continuam os mesmos
Para não viver estressado vivo a cantalorar.