- Se um dia...
Se um dia eu te ligar e não disser nada, apenas escuta; é escuta mesmo que eu não tenha nada há dizer.
E se eu chegar sozinho me abraça, me abraça porque tudo que eu preciso é você, tudo que me completa é você, tudo que me maltrata vem de você.
Se um dia eu falar besteira, despejar uma magoa sem motivo, relembrar uma ofensa esquecida ou apontar um defeito nocivo me perdoa; é me perdoa por ser idiota, imaturo mais não esquece que eu te amo com a minha vida, minha alma.
Quando eu te contar algo e parecer loucura, e eu te disser ser verdade, acredita; Não sou de mentir pra quem amo, não sou de falar sobre o que não conheço e nem sou de tentar me explicar.
Por isso, quando eu tentar algo realmente novo, me resgata; tenho a péssima mania de voar em uns sonhos loucos.
“Quando não estou no pêndulo insuportável de devorar ou vomitar, tenho meus minutos de contemplação. As coisas lá, eu aqui. As coisas lá. Eu aqui. E quando entendo que posso gostar de cinema sem ver filmes o tempo todo, e gostar de sumir sem fazer sexo ou dormir o tempo todo, e gostar de livros sem ler o tempo todo e amar alguém sem estar com ele o tempo todo, entendo o mais maravilhoso de tudo: que eu posso ser eu sem falar nisso o tempo todo. E fim de papo...”.
(Tati Bernardi)