Uiva parabens o cão ausente que morreu .
E no interior desse calice que agora te ofereço
balança um liquido grosseiro ,
do amargo doce
da inusitavel e distinta
companheira tristeza .
veja as cartas na mesa
apontando o ingrato
destino aplicado.
um dedo dois pontos ,
uma chance dez vidas
um fracasso
tres mortes
morre o que nao vive
e o que vive destroi
os que morrem por eles
entenda o que cala
e queime
tudo isso que nada te compreende
tudo isso que machuca demais
carne ou fim
a indiferença esta presente
anos e anos de vidas
poucos os anos vividos
tantos os anos queridos
falsos os anos vencidos .
vinte os cinco inseridos
vinte os cinco consumidos
faz tao pouco seus ensinos
e o que teu é mal adquirido .
jaz teu ego exprimido
nessa cinzenta rocha
queimada e vendida
por tao poucos vinténs
não convem seder o instinto
por razoes distorcidas
por seres tao simples.
Uiva o cão que morreu
Torna a lua o latido
Voz pra superação .