::: Desabafo! ::::
Sou obrigada a conviver com a frieza e o amor, lado a lado, unidos como se fossem apenas um. E estar em uma eterna corrente de sentimentos e decepções e medos e tudo o que causa efeito ao coração. Sou obrigada a viver a incerteza de um amanhã e mesmo assim viver como se tudo fosse um sonho. Ah! Quem dera pudesse ser sonho, que ao despertar, desaparecia. Mas não! Tenho que viver a realidade, muitas vezes obscura, dos dias. Foi dado a mim uma folha em branco, a qual escrevo todos os dias, mas poucas pessoas realmente conseguem ler. Eu escrevo, ás vezes, á lápis, movida pelo "arrepender-me talvez!". Outras vezes, a maioria delas, escrevo á caneta, com toda a certeza de que "Sim, é para sempre!". Eu me permito apagar certas coisas, mas e aquelas escritas á tinta? As que eu jurava serem verdades? Aquela amizade que borrou tudo com uma lágrima? Essa não há borracha que apague e mesmo que apague algo, ainda restam vestígios de que ali algo fora escrito algum dia e, por algum motivo, não fazia mais sentido para estar ali.
E cada dia mais, minhas páginas são escritas, palavra por palavra . Cada dia acrescento mais... Ou não! A verdade é que não é somente coisas boas que preenchem tudo isso. Eu aprendi que nada é perfeito, eu não sou e nem você. Tudo cabe imperfeição. Nada é tão bom que não possa melhorar, nada é tão belo que não posso mudar.
Sabe qual o problema das pessoas? Elas querem ser perfeitas!
É isso que me irrita! Quem de nós é tão bom ao ponto de querer dar lição de moral nos outros? Ninguém!
Não me considero uma pessoa calma. Sou muito "irritável" e brava. Eu sou doce quando são comigo, mas não tente me atingir com palavras moralistas, porque as palavras me movem e eu não me calo, ainda que em textos.
Eu não cobro das pessoas aquilo que eu mesma não faço. Eu sou imperfeita sim, mas sou feliz. E procuro corrigir meus erros do que me fazer quem não sou.
Não minto sorrisos. Não oculto palavras. Não disfarço sentimentos.
Mas também não fico quieta quando me machucam.