ANÁLISE - CRÍTICA

Desprezei trabalho, oportunidades.

Desprezei família.

Desprezei mulher, amores.

Desprezei amigos, pessoas sinceras.

Desprezei a vida, a minha vida;

Desprezei-a por algo que eu nem sei o que é...

Sinto-me como que caindo em um abismo e as paredes são lisas, não dá para se segurar.

De repente encontro uma saliência e nela me agarro.

Agarro com todas as forças que me restam e como não consigo subir e não quero cair;

Fico ali, esperando a morte chegar...

Morte física, porque a minh’alma morre a cada dia; a cada palavra ; a cada conversa; a cada olhar; a cada crítica dirigida frontalmente.

Perdi o entusiasmo, não desejo brigar para subir, pois tenho medo de cair e depois nem uma saliência encontrar.

Sou só num mundo de milhões; agora tão acostumado à solidão.

Não sei se quero dela sair, ou melhor, não sei como...

Me fechei em um casulo e tenho medo de sair.

Só sei que amo tudo e todos, que não desejo mal à ninguém e que de coração,

Não queria ser assim!...

(PEREZ SEREZEIRO)

José R.P.Monteiro – SCSul SP serezeiro@yahoo.com.br serezeiro@hotmail.com

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 10/07/2011
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