ANÁLISE - CRÍTICA
Desprezei trabalho, oportunidades.
Desprezei família.
Desprezei mulher, amores.
Desprezei amigos, pessoas sinceras.
Desprezei a vida, a minha vida;
Desprezei-a por algo que eu nem sei o que é...
Sinto-me como que caindo em um abismo e as paredes são lisas, não dá para se segurar.
De repente encontro uma saliência e nela me agarro.
Agarro com todas as forças que me restam e como não consigo subir e não quero cair;
Fico ali, esperando a morte chegar...
Morte física, porque a minh’alma morre a cada dia; a cada palavra ; a cada conversa; a cada olhar; a cada crítica dirigida frontalmente.
Perdi o entusiasmo, não desejo brigar para subir, pois tenho medo de cair e depois nem uma saliência encontrar.
Sou só num mundo de milhões; agora tão acostumado à solidão.
Não sei se quero dela sair, ou melhor, não sei como...
Me fechei em um casulo e tenho medo de sair.
Só sei que amo tudo e todos, que não desejo mal à ninguém e que de coração,
Não queria ser assim!...
(PEREZ SEREZEIRO)
José R.P.Monteiro – SCSul SP serezeiro@yahoo.com.br serezeiro@hotmail.com