INVENTÁRIO
O tique e taque do relógio
Corre sem parar
O tempo é inimigo
Corre devagar
A vida a passar
Várias coisas para pensar
Muitas coisas para solucionar
E o tempo a passar e a rolar
A rolar o INVENTÁRIO
Burocracia no cartório
Documentos
Pensamentos
Principal fator
Um pai que a morte levou...
Os bens da partilha
E muita burocracia
Os filhos órfãos
Todos num propósito
Deixar suas partes com sua mãe
Que foi quem com o pai batalhou e lutou
Várias taxas e impostos
O governo não tem dó
Cobra com fervor
E os juros aumentou...
O tempo para preparação
De toda documentação
Desfazer de um bem
Pa porem tentar resolver
Noites mal dormidas
Ansiedade e agônia
Muito estresse e nervoso
Se pára a vida por algum tempo
Anos a fio
No tormento
Perder um pai é crual demais...
Depois ter que pagar taxas
Que parecem não terem fim
Mesmo depois da morte
A taxa do imposto do morto
È para finalizar e enterrar o nome também
A sensação de sair do próprio "eu"
Como se tivesse possuída
Por uma ira
Que o "eu" não domina
Como se fosse outra pessoa
A caminhar
Parece que está do lado de fora
Vendo tudo em sua volta.
Poema criado dia 10/11/2009
ANDRÉA NETO DA SILVA NASCIMENTO.