POR MIM

Não, não quero escrever hoje.

Quero pensar a vida e permitir que as letras "dancem" em minha mente, com as várias lembranças da minha pobre existência.

Hoje, olho para a tela branca e apesar das muitas histórias que me chegam, quero me silenciar em respeito a este tempo em que lágrimas me brotam como desabafos da alma e descrevem os contos e poesias de um momento único de quem se arrisca a deus por criar do criado algo que fique no coração de alguém.

Não, hoje não quero descrever a dor, o desespero, o beijo, o encontro, o sexo, a volta, a morte ou qualquer outra questão que tenha a ver com a vida a partir do conceito de escritor.

Hoje eu sou o personagem de uma crônica anacrônica de um suspiro do vento num coração que já se sente cansado pelas feridas da história.

E se ainda assim, nasceu o texto em questão... Que assim seja. Sem as explicações sem sentido.

Que só seja o que é... Um pouco do meu momento.