:::: Alone ::::
E não importa quanto eu grite, fale e exponha, ainda sinto que ninguém consegue me ouvir. E mesmo que ouça... Nunca compreende, não me entende e isso me frusta. Talvez eu não consiga descrever com clareza e precisão. Mas, poesia é mesmo subjetividade e o que escrevo, ás vezes, é codificado, reprimido e isso me assusta. Meus pensamentos me amedrontam, chegam tão rápido, ou melhor, sempre estão em mim. Por vezes, adormecem, mas logo acordam e gritam... gritam...gritam... Ah!... E tantas vezes eu ignoro e guardo só pra mim... Que egoísmo o meu, meus melhores poemas nunca saíram de mim... E já não me lembro mais...
O silêncio e a solidão são meus arque-rivais, confidentes e ao mesmo tempo, aliados. Eu luto e reluto com ambos, mas eles me rendem, tantas vezes. Só quando eu estou sozinha e choro, e converso comigo mesma, sinto que sou poetiza. Talvez um erro, um equívoco pensar que sou. Ou quem sabe, uma ilusão.
E agora, estou em meu quarto, falando tudo isso para mim mesma e escrevendo em uma velocidade anormal. Sinto como se ditassem para mim... Eu não hesito, não paro... apenas continuo e meu pensamento flui, inquebrável.
E Isso me assusta.