Mulher
Uma era obscura
Encobria genialidades
Marginalizava a dignidade.
Vencendo séculos de dominação
Independente do passado
Livres das acusações de bruxarias
Estão Mulheres notórias
Marcando a História.
A grade foi quebrada
A força não mais condena
O cálculo rigoroso
Da igualdade de natureza
Aos poucos vai sendo resolvido
Sem gritos inocentes
Ecoando da fogueira inclemente.
Dos tiranos resta a chama apagada
Os planos malogrados
O berço insano de uma geração
Que gemia sem entender
O poder da tirania.
O conhecimento gradativamente
Vai assegurando o valor de ser gente
De ser mulher...
Não há culpados
Já foram suprimidos.
Hoje a tradução verdadeira responde.
Falo aqui da mulher
Que não serve só de ornamento
Que usa o corpo
Com seu fim único de incremento.
Falo em nome das curvas bem destinadas
Do peito e do ventre abençoado.
Daquela que teve a coragem
De pisar a primeira brasa
Sabendo o que dali libertava.
Que me perdoe o tal sexo forte
Apenas retratei uma masculinidade condenável
Que escondia a beleza de seu gênero.
Longe de discurso feminista
Gosto apenas da salada mista.
Do respeito a inteligência
Da igualdade permanente.
Do trabalho dividido.
Do verdadeiro amor
O filho concebido.
Construindo família...partilha.