Incertas vezes...
Tão duros são os momentos às vezes... incertos talvez!
Durezas e incertezas frias tais como a de nos defrontarmos com o nosso próprio eu... Tanto tempo a acreditar, que sou do jeito que sou, e que o mundo tem que me aceitar!
Asperezas que moldei a todo custo, que acreditei com toda a força! Julguei que não era de outra forma, porque assim fui formado...
Quantas vezes, incertas vezes é bem verdade, não fugi do meu padrão, até mesmo por não acreditar que não podia, mas a verdade, é que não queria... Tinha medo! Não estava mais disposto a lutar, não julgava que era preciso... e me acomodei!
A vida apresenta seus caminhos e nós, não enxergamos as possibilidades, e, quando vemos, cegos nos tornamos. Muitas vezes, ver é doer...
Aceitamos coisas que não deveríamos, calamos quando a boca já seca se tornara, de vontade de gritar. Sentimo-nos sós!
Solidão acalentada que justificava outras buscas, outros caminhos. Diziam-nos muitas vezes, coisas que não eram verdadeiras, forjaram-nos posturas irreais que acabávamos acreditando...
Muitas vezes não lutamos a mesma luta, se, por um lado intimamente não desejávamos ser aquilo que diziam-nos ser, por outro a intensidade com que estávamos a mercê dos fatos nos punham a prova.
Lutávamos então, em outro plano, em outra esfera, na esperança de vencer, de ser reconhecido e de viver...
Não carrego ressentimentos por estes fatos terem feito parte da minha vida, pois hoje, ver não dói mais! Lutar por acreditar que sou melhor do que imaginava é muito gratificante!
Luto por mim, pela minha vida, pelo meu bem querer. Luto ainda porque não posso mais aceitar incertezas em meu caminho. Luto, pois a vida é feita de vitórias e derrotas. Vibro com meus sucessos e consolo-me em meus fracassos.
Sei que posso hoje muito mais do que podia ontem!