O sacrifício que chamamos de amor
Na hora de falar toda mulher enche o peito nos blogs, escreve e dispara: “O meu namorado é tudo para mim, faço qualquer coisa por ele”. No entanto, depois de alguns anos, passado o efeito da paixonite aguda, os adeptos da geração “qualquer coisa por ele” se dirigem aos amigos, familiares ou muitas vezes aos consultórios terapêuticos e reclamam da ausência do sentimento e da mudança repentina de comportamento do parceiro. A principal afirmação que fazem é: Ele não era assim. Por que se tornou tão irritante? É a maioria coloca a culpa do desgaste do relacionamento no companheiro, afinal foi ele que não ajudou com afazeres da casa, foi ele quem colocou o dedo no nariz, foi ele que peidou e arrotou na sua frente.
Tá.. mas até que ponto os homens são culpados? Vejo que na maioria das vezes a mulher é culpada. Vamos analisar: Quem foi no começo do namoro que disse que faria qualquer coisa por o companheiro? Quem viu o parceiro arrotar pela primeira vez e não reclamou? Quem abriu mão de amigos, lugares e coisas pelo relacionamento? Hum? Quem..?
Fico me perguntando por que as mulheres acham que devem abrir mão de coisas que gostam de fazer, lugares que gostam de ir por um relacionamento. Fico me perguntando por que elas aceitam o dedo no nariz, o arroto. Se até antes de conhecerem o companheiro, detestavam a falta de educação. Em que documento diz que a mulher não pode se queixar de nada? Em que parte do documento estabelece que a mulher tenha que ser submissa ao homem? Em qual paragrafo diz que isso trará felicidade e estabilidade para união?
Cedo aprendi que o amor é aceitação do outro do jeito que ele é. No entanto, aprendi também que para aceitar o outro é preciso modificar algumas coisas. É necessário o respeito ao individualismo dentro de 4 paredes, estabelecer um comunicação em que possa moldar o que desagrada e principalmente ter respeito para consigo mesmo. Não vejo sentido na falta de comunicação e da aceitação de coisas desagradáveis em nome do amor. Não vejo sentido!