Noite de vigília
Quietude perturbadora e sombria
Que desperta as almas profanas
A perambular pelas vazias ruas
Nessa madrugada trevosa de ventanias
A procura de razões
Espantando solidão
Buscando a cura...
Para um corpo castigado por duras desilusões
Desvenda-se do poder noturnal
Sentindo a liberdade de saborear o mais promíscuo prazer
De respirar o ar de pecados libertinos
Ao alimentar-se de orgasmos múltiplos
Originado pelas horas de deturpa
... Onde impera orgias mútuas e sórdidas
Entre vivos e mortos
Provenientes de almas condenadas ao desespero insaciável
Famintos de impurezas caliginosas
Julgadas ao inferno ardente
Onde a luxúria reina, e domina com devassidão a
Força sexual mais infame...
Nessas noites em que se prostituem
Com os deuses do seu tomento mortiço
Pelas caladas dessas ruas
Nos arredores desse mundo poluente
Corrompida pelas impurezas dessas almas doentias
Transmitindo esse pecado repugno
Que faz nascerem os filhos da escuridão
Nessa vigília de maldições
Ao comando de Lúcifer.