(In) Feliz (Mente)

Já percebeu que os dias têm passado rápidos e iguais demais, sem nada – mas nada MESMO – valer o esforço e/ou fazer sentido? Que as melhores horas – uma quantidade esmagadora delas – são/estão condicionadas e dirigidas à busca de uma dignidade que só faz ruir e de uma tranqüilidade que dia após dia nos é tolhida via reto? E que o pior é que quando se manda tudo para o diabo carregar, o tempo que supúnhamos ser destinado aos desfrutes vira um peso morto de tédio sobre nossas cabeças? Será que esta é uma peculiaridade minha; a idiossincrasia de alguém que foi jogado ao mundo por engano através de um fórceps e não tem a mínima habilidade de viver? Fico a me perguntar se é comum lugar acordar querendo dormir; se despir querendo ficar de roupa e vice-versa; viver querendo morrer e toda essa gama de antíteses que permeiam as minhas mais intensas e confusas vontades... Se assim o for – o onisciente coletivo da desesperança/desmotivação -, será que deveria haver uma mobilização, uma conscientização elucidativa de que a vida – humana – além de ser nociva ao planeta é pura perda de tempo e que a melhor maneira de resolver todos os problemas de uma vez é a capacitação de tanatólogos para um possível programa de suicídio assistido coletivo? Eu pagaria pra ver! Mas essa é só mais uma coisa que eu não tenho cacife para arcar com... Infelizmente.

09/06/2011 - 07h47m

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 09/06/2011
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