Mercurium! Primeiro Contato!!
Sinto que preciso falar sobre alguma coisa. Mas a tamanha infinidade de temas, de coisas, de cores, de elementos transbordam em minha mente, formando uma tremenda confusão que chega a doer em minha alma. No mínimo, um fenômeno estranho dentro da minha realidade. De onde brota a objetividade para se transpôr as próprias idéias para o papel?
Grande dúvida da minha vida. Sei tudo o que quero dizer mas ao mesmo tempo, não sei absolutamente nada! Preciso respirar o ar da criatividade e oxigênio da ousadia! Mas não os encontro dentro da massiva rotina de alguém que ainda não mudou...
Tenho medo de não saber quem eu sou, tamanha as dúvidas sobre o que vou me expressar. Será, que se eu conhecesse o amor, seria diferente? Se eu conhecesse a beleza das flores junto à suas fragâncias tão peculiares, algum sentido seria atribuido à minha sede de expurgar meus pensamentos? Se eu soubesse valorizar as coisas simples da vida como um costumeiro pôr do sol, ou as pequenas gotas de uma chuva, estaria eu pronto para vociferar minhas doces opiniões sobre a beleza de viver?
De fato estou escrevendo agora, mas, ainda não alcancei a luz da razão. Andarilho por entre os vocábulos, perdido e machucado pelos erros. Perdi muito tempo com coisas banais como jogos, televisão, pessoas de conversa inútil e de pouco proveito. Eu amo o inverno, mas não consigo ser frio e cauculista como ele. Quem sabe se minha alma congelar e transformar meu cérebro em um pequeno iceberg, fino, brilhante, onipotente e individual no mar gelado da indiferença, possa eu ser aquele quem eu objetivo ser: alguém que sabe o que quer escrever.