EU

Sempre tive muita dificuldade em usar o EU com realce.

Defeito de educação? Sim.
_"Não digas nunca EU, EU; quando nomeares vários, tu és sempre a última. Tu não tens quereres. Tu "gostarias de"..."

Durante anos, muitos, não pensei sequer que EU tinha direitos, que podia realizar sonhos, impor-me.
Eu só tinha deveres.
Eu tinha de estar calada; não responder; passar despercebida.

Muitas vezes, cá dentro o meu EU (muito abafado) dizia que já não valia a pena lutar. Que mais valia esperar por outra reencarnação; esperar calada pela morte e ver no que dava.

Eis que, mercê de voltas e reviravoltas da vida, descubro que afinal EU não sou a última nem a primeira a ser nomeada.
E mais: que EU estou em pé de igualdade com todos: tenho direitos assim como deveres.

Descobri que EU SOU.

Cresci mais nestes últimos 10 anos que nos 55 anteriores.

EU tenho dúvidas, EU vacilo. EU sinto. EU zango-me. Melhor: EU  POSSO  ZANGAR-ME!

EU descobri (com o coração e não com a cabeça como então) que sou IRMÃ de todos, FILHA de todos, MÃE de todos.

EU tenho potencialidades.

EU sou várias pessoas numa só:

- EU sou egoísta, preguiçosa, vaidosa, desmazelada, meiga, amiga, justa, injusta, saudosa, esperançosa, sequiosa de Ternura e de Amor...

- Eu sou rica de Amor, Ternura e Amizades...

Como é estranho EU escrever sobre o meu EU que EU julgava ser simples e afinal descubro que é um EU tão intrincado, complicado, esfarrapado...
Enfim, um EU como todos os outros!

EU assumo em consciência o que EU SOU e vejo os outros como uma extensão de MIM.

E, mais importante ainda, sei que "sendo filha de Deus" (Energia Universal), SOU ELE também.

Beijinhos
Teresa Lacerda
Enviado por Teresa Lacerda em 05/06/2011
Código do texto: T3016264
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