Maldito seja o amor
Ai deste sentimento que me entorpece a alma e me tira o sono. Minhas vontades e desejos são voltados a ele, assim como o meu corpo e meu ser.
Maldito seja o amor!
Grito em meu quarto solitário, enquanto a solidão se faz cada vez mais presente em meu ser.
Tento inútil e debilmente me tapear se embriagando, mas quase sempre não dá certo e me torno um ébrio tomado de pensamentos saudosistas e depressivos.
Se tivesse o dom de realmente escolher o que fazer na vida e nos sentimentos, teria escolhido amar somente quem me amasse, e não quem só apenas "gostasse" de mim. Talvez eu seja chegado a solidão vocacional; é.
Milhares de pessoas já disseram que é coisa do momento, que na "maldita adolescência" a gente acha que vai ficar só a vida inteira, mas porém, metade deles desconhecem o meu estado emocional. - Um caco.
Penso sinceramente que o amor deveria ser um sentimento um pouco menos complexo.
De que adianta amar alguém que está a "cagar e andar" para você, ou que finge que sente algo?
Não se escolhe por quem se ama e tentar acreditar nisso é uma mera perda de tempo, cheguei a esta "mágica" conclusão.
Praticar o desapego a todas as coisas sentimentais e amores passados me fez apenas me lembrar cada vez mais deles e sentir falta, juntamente com um certo ar de remorso; ou seja, não funcionou.
- Será que teria sido diferente?
É uma pergunta que a todo momento fica na minha cabeça.
E me vejo em terceira pessoa, debruçado por cima de meu velho caderno, escrevendo cartas, poesias de amor e versos que talvez ninguém sequer veja ou leia; com meus olhos cheios d'agua por um passado que sabemos, não volta mais.
Tento a cada dia seguir em frente e sorrir para apagar cada lágrima que as vezes insiste em rolar de meus olhos, mas anda cada vez mais difícil continuar desse jeito.
- É só.