Maldito seja o amor

Ai deste sentimento que me entorpece a alma e me tira o sono. Minhas vontades e desejos são voltados a ele, assim como o meu corpo e meu ser.

Maldito seja o amor!

Grito em meu quarto solitário, enquanto a solidão se faz cada vez mais presente em meu ser.

Tento inútil e debilmente me tapear se embriagando, mas quase sempre não dá certo e me torno um ébrio tomado de pensamentos saudosistas e depressivos.

Se tivesse o dom de realmente escolher o que fazer na vida e nos sentimentos, teria escolhido amar somente quem me amasse, e não quem só apenas "gostasse" de mim. Talvez eu seja chegado a solidão vocacional; é.

Milhares de pessoas já disseram que é coisa do momento, que na "maldita adolescência" a gente acha que vai ficar só a vida inteira, mas porém, metade deles desconhecem o meu estado emocional. - Um caco.

Penso sinceramente que o amor deveria ser um sentimento um pouco menos complexo.

De que adianta amar alguém que está a "cagar e andar" para você, ou que finge que sente algo?

Não se escolhe por quem se ama e tentar acreditar nisso é uma mera perda de tempo, cheguei a esta "mágica" conclusão.

Praticar o desapego a todas as coisas sentimentais e amores passados me fez apenas me lembrar cada vez mais deles e sentir falta, juntamente com um certo ar de remorso; ou seja, não funcionou.

- Será que teria sido diferente?

É uma pergunta que a todo momento fica na minha cabeça.

E me vejo em terceira pessoa, debruçado por cima de meu velho caderno, escrevendo cartas, poesias de amor e versos que talvez ninguém sequer veja ou leia; com meus olhos cheios d'agua por um passado que sabemos, não volta mais.

Tento a cada dia seguir em frente e sorrir para apagar cada lágrima que as vezes insiste em rolar de meus olhos, mas anda cada vez mais difícil continuar desse jeito.

- É só.

Marcos Tinguah Vinicius
Enviado por Marcos Tinguah Vinicius em 05/06/2011
Reeditado em 05/06/2011
Código do texto: T3016254
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