Alucinação

Alma chorando em silencio.

Na sua constante tortura

Na sua eterna prisão

Vagando buscando uma solução

Nesse vazio, imensidão

Andando pela vida, buscando uma razão

Desejando que a realidade seja um sonho

Buscando destruir o tempo

Acordar do pesadelo

Calar o barulho das correntes.

Noite macabra nebulosa.

Estrada escura, perseguição continua

Batalha incessante,

Caça e caçador.

Amanhecer cinzento

Solidão numa estrada congestionada

Almas que vão e vêem

Prossigo caminho, pés calçados, alma despida

Almejando a luz, temendo o seu brilho

Vagando numa multidão sem som.

Invisível; sempre atenta ao ruído

Inconfundível som, das correntes que você traz nas mãos

Invisíveis, colocadas uma a uma, no coração

E que talvez sejam a solução.