Janela do meu interior
De tempo em tempo...(não com tanta frequência como gostaria) abro a janela do meu interior.
Ao abri-la, me deparo com coisas que nem sabia que estavam lá. Descubro sentimentos que, muitas vezes, não quero sentir. E, ultimamente tenho guardado, escondido, muitos desses sentimentos.
É como quando abro a janela do meu quarto e me deparo com a triste vista para o cemitério perto de minha casa. Vejo vários jazigos e os comparo a esses sentimentos guardados dentro de mim. Sentimentos que deveriam estar mortos e enterrados.
Sempre me pergunto...por que faço certas coisas? Por que sempre insisto na mesma dor? Vejo pessoas pela rua caminhando, cada qual com seu trajeto traçado e questiono se elas também passam por isso. Rostos familiares, preocupados, sisudos, aconchegantes, porém sem nada dizer ou transparecer sobre seus sentimentos.
Enfim, sei que preciso aprender a lidar comigo mesma, a respeitar meus limites, a ressuscitar o que precisa ter vida e a enterrar, jogar fora, o que não serve mais para mim e em mim.