Monólogo Pt.1

Brindemos atodas as coisas que deram errado, aos fracassos e a solidão.

Aos risos e aos choros que foram em vão.

A tudo a que dissemos "não"

Creio que a linha que separa o sucesso do fracasso, é uma linha tênue, que se abala com a menor das brisas, como folhas ao vento.

As vezes em uma destas paradas para higiene mental, ou "auto-avaliação", eu notei que o azar faz parte de mim.

Sim, o azar.

As quatro letras que assustam até o mais fiel dos cristãos. E que faz tanta parte de mim, que é impossível retraí-lo ou fingir que não existe. O fato é que como alguém que não tem uma mão, eu aprendi a conviver com ele.

Seja no amor, no jogo, lá está este bandido a rir da minha cara quando eu jogo os dados, ou quando estou prestes a a ter umas 70% de chances de sucesso em alguma ação (-ou com alguma garota-), simplesmente as chances vão a trinta ou a vinte, logo, nada feito.

Hoje, pensei em coisas que havia muito não pensava, e pela primeira vez em muito tempo tive medo de ficar só, como um garoto que se enrrola no cobertor com medo do escuro. Tive medo da solidão e de não encontrar um bem querer, ou talvez alguem que me queira bem.

Falando sobre os medos - este é um dos meus- eu tenho medo de me mostrar por completo, de uma só vez e acabar por assustar quem está do meu lado. (Como já ocorreu algumas vezes).

Eu posso ser capaz de ser turbulento como um mar revolto, ou calmo como as aguas de uma lagoa -e na maioria, se não, sempre é a ultima opção. Porém, quando sou calmo, tranquilo e cheio de amores, a realidade mundana acaba por me esfacelar, me cortar ao meio.

Tudo depende da forma com que reagem a mim. Se o tratamento for bom, espere o meu melhor. se for o oposto, afaste-se, e nem passe na minha frente.

Mas o fato é que eu sou de extrema sensibilidade. Sim, sensivel, porém... Eu prefiro esconder isso, ponho a minha máscara da indiferença e finjo que nem é comigo, e por mais que me doa o peito de forma que eu quase não consiga engolir as lágrimas, eu me retiro, simplesmente saio.

Prefiro passar como insensível do que como emotivo. Poucas, pouquissimas pessoas conhecem este lado meu, e se você for uma delas, considadere-se altamente privilegiada.

Timido? Sim, e muito!

Embora quase ninguém acredite nisso, eu sou timido, e só consigo socializar, ou conversar com alguem pela primeira vez apenas em ocasiões extraordinárias. Isso tambem influi no meu ser de poucas palavras. Consigo ser extremamente observador, e comento apenas o necessário, exceto com meus convivas, meus amigos; ou melhor, aqueles que conhecem as duas faces da minha moeda.

Romantico incurável, sim.

Porque não o ser?

As vezes os pequenos gestos; seja um bilhetinho, uma carta, ou uma simples flor, quer dizer bastante coisa.

Para mim, sim.

Embora, na maioria das vezes não seja reciproco, o que é frustrante. Não que eu faça coisas para receber em troca, mas receber algo de volta, para mim e´como um reconhecimento de que a pessoa sente o mesmo que você, entende?

Seja um beijo, sejam lágrimas de felicidade... Nem precisa ser material. Ou quem saber um "eu te amo" dito ao "pé-do-ouvido" enquanto estivessemos deitados lado-a-lado.

Não sou padrão e nem constante. pelo contrário, detesto tudo isso. O que mais me deixa aborrecido é o fato das pessoas "tentarem" fazer umas definição minha. Apesar do esforço louvável - que reconheço - é algo detestável. E sempre que eu souber de algo do tipo, eu farei diferente, só pela graça de superar expectativas. Irônico, sarcástico e dono de uma sinceridade inapropriada na maioria das vezes.

O que eu penso do amor?

É uma pergunta dificil, muito complicada aliás, uma vez visto que como estou sozinho é difícil de se dizer/ ou escrever. Mas baseado em experiências que tive, eu posso dizer que o amor é uma das coisas mais bonitas que já senti. Ele te faz ver o mundo de outro jeito, de uma forma que até o feio, o grotesco e o bizarro tornam-se belos em sua visão. Sinto que, mesmo só, o amor me move, e eu vivo em função dele. Estou fazendo uma caminhadapor minha conta em risco, correndo atrás do que amo, do que quero, e mais do que nunca eu sinto que o amor está presente em mim. seja por alguma coisa, por alguma causa, ou por alguém. So quem sabe sou eu, e não farei declarações por aqui... Quando não haver mais o seu sopro em meus pulmões, eu me faço um favor e meto uma bala na cabeça e tudo vai pelos ares. Mas eu amo, e o amor é algo bonito e uma boa sensação - se é que o amor seja isso ...

- Pode parecer louco, mas é sincero

Marcos Tinguah Vinicius
Enviado por Marcos Tinguah Vinicius em 29/05/2011
Código do texto: T3000096
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.