PARA ALEM DA EPISTEMOLOGIA DA MODERNIDADE
Desde Galilleu, Newton e Descartes a epistemologia moderna sustentou-se sobre a premissa de uma realidade objetiva, na correspondência direta entre as palavras e as coisas em matemática formula linguistica, ou na frágil e utópica tese de ujma verdade em si mesma oculta passível de desvelamento embora independente das codificações humanas do real.
Foi apenas ao longo do ultimo século que o intelecto, através da fenomenologia, da filosofia da linguagem, do existencialismo e do relativismo filosófico começou a desconstruir este positivismo racionalista recusando a falácia pós religiosa de um conhecimento objetivo das coisas, reduzindo a realidade a uma invenção humana.
Em outros termos, hoje já é possível transcender os fundamentos epistemológicos da modernidade formulando múltiplas gramáticas do real que já não pressupõe a verdade em seu sentido tradicional.
A objetividade da realidade não é mais um dogma universal
“Nada é mais evidente e repetido do que o fato de vivermos um período de ruptura. Admite-se também, cada vez mais, que as primeiras manifestações disso remontam a quatro séculos, quando do aparecimento da ciência moderna. O primeiro age sobre as mentes, o segundo sobre a vida inteira.”
Roland Omnès in Filosofia da Ciência Contemporânea