Benirdes e o Caqui

O dia estava ligeiro

O dia inteiro

Benirdes comeu caqui

Não saía de casa

E deixou a faxina atrasada

Prá assistir televisão.

Benirdes sem noção

Deixou a casa empoeirada

Enquanto tocava piano.

Benirdes não passou pano

Na varanda toda molhada

Que a chuva tinha deixado

Benirdes, com o caqui na mão,

Sentou no chão e olhou para o céu

Não tinha barulho ou vento qualquer

Benirdes era sozinha, a única mulher

E o caqui seu amante.

Benirdes viajou distante

Procurando significado nas coisas

Benirdes tinha uns rompantes

Quando comia caqui.

Era uma vontade constante

De contar nuvens passantes

Ou de comer ovos fritos.

Benirdes jogava os palitos

Depois ajeitava na caixa.

E o caqui que acabava

Logo Benirdes queimava

Outra páia nova.

Benirdes não reprova

Quando o caqui está fraco.

Diária Mente Louca
Enviado por Diária Mente Louca em 27/05/2011
Código do texto: T2997910
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.