Benirdes tinha Tuuudooo!!!!

Eu tinha uma vizinha

Era feia pra cacete

E tinha o cacoete

De fazer voz fininha

Benirdes, minha vizinha

Gostava de fofocar

Passava o tempo a falar

Sobre a vida da Jucinéia

Parecia que era platéia

Para saber da pobre coitada.

Benirdes era encanada

Com a pobre vizinha gordinha.

Um dia o carteiro chegou

Uma carta preta entregou

Para a dona Jucinéia

A mesma então a rasgou

E Benirdes olhava de longe

Era a carta de um monge

Aprovando a muié no convento.

Juci pulou de alegria

Enquanto Benirdes mordia chorando

A cebola que tava cortando.

Juci entrou em casa pulando

Para contar a novidade.

Benirdes estava amargando

Iria perder a rotina

De observar a pobre menina.

Benirdes então sorrateira

Esperou a sexta-feira

E foi fazer uma macumba

A mãe-de-santo esperta

Dizia que a magia era certa

Levaria o monge pra tumba.

Mas na segunda-feira

Benirdes teria de tirar a calcinha

E passar um belo café

Para o monge tomar.

Então, veio de longe, o monge

Com sede a reclamar

Quando Benirdes com fé

Foi fazer o café.

"- Benirdes, minha filha

Faça o café com cuidado."

"- O senhor quer açúcar ou

Vai querer adoçante?"

Então o monge inconstante

Escolheu tomar tudo puro

Enquanto não tinha caqui.

Benirdes ouviu a vizinha

Chegar perto da porta

E pegou aquela torta

Que tinha macumba também.

Deu o café que passara

E logo de cara

Viu a vizinha cair.

Ninguém podia levantar

A gordinha de perna pro ar.

O monge velho a gritar

E Benirdes sem reação,

Que situação, Benirdes!

Nem com caqui tu te ajeita, muié!

Diária Mente Louca
Enviado por Diária Mente Louca em 27/05/2011
Reeditado em 27/05/2011
Código do texto: T2997868
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.