o valor de uma aventura.
Aquele dia fui ao encontro sem dormir. Hoje tento acordar daquele sonho, que, por vezes, ainda fitam em meu cérebro como quem deseja recuperar alguma parte perdida da sua juventude. Vestígios da adolescência não vividas e não resolvidas; ansiedade de viver o risco e desejar pequenas mudanças que nunca desejei. Conheci o supérfluo, o medo real de dar o próximo passo e quando estive em xeque, virei o jogo e voltei a dormir. Senti uma nova pele, um novo tato, um novo cheiro que agora vaza sem querer discrição. Apenas senti. Semanas de primavera, ou outono, ou verão, não importa; senti a estação da vaidade feminina e conheci pequenos mistérios dos quais sempre tive vontade. O entusiasmo juvenil, a dúvida do adulto e a criança séria. Não sei de que lado estou agora. Mas isso não importa.