A pouco tempo...
A pouco tempo uma amiga perguntou-me se eu amava alguém
e respondi que achava que não amava nem a mim mesmo
ela disse que era impossivel uma pessoa não amar a si mesma
então resolvi pensar sobre isso...
Fiquei lembrado dos "casos" que tive, bom... foram bons, mas não senti nada por dentro, nenhum sentimento foi-me dado.
Resolvi ir até o espelho, fiquei horas olhando para o mesmo rosto que vejo a 15 anos, mas ainda não tinha argumentos suficientes para dizer que sabia amar
Li e reli cada texto de meu recanto, mas as únicas coisas que vieram em minha mente, foram as lembraças do passado, torturaram-me durante o dia todo, quase não consegui ficar de pé tive que ir deitar e fiquei horas perdido em meus devaneios, não comi nada, só queria uma razão para ainda viver e ter a certeza de que amar é possivel...
Mas nada veio, lembrei-me de cada lágrima que derramei, cada sorriso falso que dei para fingir que não estava sofrendo só lembrado de algo muito bom a ponto de fazer-me chorar, mas... minhas lágrimas não são só lágrimas de dor ou de alegria, são lágrimas de cura, elas ferem meu rosto, mas ao mesmo tempo curam-me...
Depois de muito pensar cheguei a conclusão de que meu conceito de amor estava errado, para mim amar era algo fútil, uma ilusão dada aos fracos, que não sabem o real sentido do amor... Mas no final descobri que eu sou o fraco e eu que não quero ver o real sentido do amor, que é amar, eu perdi tantos anos de minha vida tentando amar, que nunca cheguei a amar de verdade ou perceber que eu amava de verdade...
Eu amo cada sorriso que faço brotar em um rosto, eu amo minhas dores, amo meus devaneios, amo o perfume das flores, amo o canto dos pássaros, amo sentir-me amado, amo o pôr do sol, amo a lua e as estrelas, amo o meu Deus... amo saber que posso amar, mas ainda não sei se amo a mim mesmo...