MORRER OU SER UM FANTASMA

Em um canto, as garrafas vazias.

E no meu lençol, ainda há aquela velha marca de cigarro.

Aquele cigarro que você ascendeu àquela noite.

Tragava o meu amor, enquanto ascendia os meus olhos.

Soltava todas as toxinas na fumaça, junto ao ódio, que pos contra mim.

Encontrei uma antiga blusa sua, embaixo da almofada do sofá.

Eu a queimei, junto dos nossos fatos, junto dos fatos que tive que engolir.

Queimei tua blusa junto do meu rancor.

E logo após, enchi meu copo com whisky.

Gole após Gole, bebia como se meu coração fosse sólido.

Como se tudo que passamos, fosse embora.

A cada segundo que o relógio contava.

Eu me sentia mais vazio, e capacitado.

Tranquei as janelas, as portas. Evitando a tua volta.

Mas por pura fraqueza, e por estar embriagado.

Esqueci meu peito aberto.

Você voltou, transmitindo dor para mim.

E levando o que me restava.

Colocando a sua frieza em meu peito.

Enquanto levava embora o meu amor.

Deixou-me sentado, no chão daquela sala.

Com uma garrafa pela metade, e mais nada.

Com apenas Duas Opções:

Morrer ou Ser um Fantasma.

O Escritor Fantasma
Enviado por O Escritor Fantasma em 23/05/2011
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