Notas de um confinamento vivido em 24 dias - parte II

Soltos nesta espuma

vazia de astros sem

compreensão

O vazio da alma se

preenche com um

trago atrás do outro

Tomo um gole desse chá

amargo como a

saliva seca que engulo

O tempo se esvai em

Nada.

E Nada é Tudo que tenho

por hora.

Aproveito as palavras de

um, de outro

E este é o meu consolo

O papel e a caneta doados

são mais um pouco do

pouco que ainda tenho.

As cinzas já caem sobre

a folha e o pedido

que me fazem é ''viva''.

Se o ''como'' não há,

não há como.

''O invisível'', obrigada por

menos um dia em minha história.

Os restos destas cinzas

parecem o restante da

minh'alma, mais uma

vez, Nada.

Liliane Tsumanuma
Enviado por Liliane Tsumanuma em 23/05/2011
Código do texto: T2987205
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