Notas de um confinamento vivido em 24 dias - parte II
Soltos nesta espuma
vazia de astros sem
compreensão
O vazio da alma se
preenche com um
trago atrás do outro
Tomo um gole desse chá
amargo como a
saliva seca que engulo
O tempo se esvai em
Nada.
E Nada é Tudo que tenho
por hora.
Aproveito as palavras de
um, de outro
E este é o meu consolo
O papel e a caneta doados
são mais um pouco do
pouco que ainda tenho.
As cinzas já caem sobre
a folha e o pedido
que me fazem é ''viva''.
Se o ''como'' não há,
não há como.
''O invisível'', obrigada por
menos um dia em minha história.
Os restos destas cinzas
parecem o restante da
minh'alma, mais uma
vez, Nada.