estrelas silenciosas.
e de repente deu uma saudade, uma vontade de dizer todas aquelas palavras agarradas pelas teias do tempo. desses nossos desencontros que se encontram na solidão. dos sonhos encobertos de estrelas silenciosas. dos cruzamentos desviados pros becos mal iluminados das estações.
de repente conversar sobre o céu e suas formas, sobre as pessoas e seus planetas particulares. e mesmo que não disséssemos nada, nem uma vírgula, como da última vez que nos vimos, mesmo assim, eu sentiria a sua força, a sua alma, as batidas aceleradas e descompassadas de seu coração. toda aquela magia que sempre nos moveu. todos aqueles sonhos que um dia dividimos, compactuamos, revelamos.
o mundo parece tão seguro, até apagarem as estrelas.
os sonhos parecem tão grandes, até que você acorda.
as buscas insaciáveis, até perdê-las.
chega como quem chega por chegar.
mesmo que pela última vez, mais uma vez.