Coleção dos diários nunca lidos. VI
Não sou rebelde e muito menos quero chamar a atenção de ninlguém, é que por vezes eu faço questão de ignorar as pessoas, os fatos, tudo!
Vou ser gentil em pedir algo que é meu por direito: ser jovem, falar palavrão, fumar, ficar de pileque, ficar fora de casa, não ter horários...
E não venha me dizer que isso pode me matar. Essa sua cara mórbida é que me mata.
Se prestar um pouco mais de atenção ao seu redor, vai perceber quantas milhares de coisas podem tirar a sua vida sem que você perceba. Uma varidade de ramificações rotineiras extermina o fluxo natural das coisas e o que resta é a insanidade.
(Santa loucura que me toma!)
Entenda que você, eu e o resto da humanidade há de envelhecer (com exceção dos suícidas é claro) e ver seu próprio corpo e reflexos perderem parte da força que tem agora.
A sexualidade será explorada de outra forma.
Centrímetros de pele cederão com o auxílio da gravidade.
A visão será turva.
O pensamento será saudosista.
E a mente da mesma maneira que repetirá incontáveis vezes uma idéia, acabará a esquecendo com a mesma velocidade.
(Seus corpos vão virar comida de minhocas).
Você, que está lendo esse texto que contém um pouco de nexo pode refletir ou relevar, a decisão é somente sua. Não quero chocar ninguém com uma verdade que jamais esteve escondida.
Compreenda que vários planos podem ser feitos mas, tudo o que temos é o agora que vai se tornado passado a cada milésimo de segundo em que escrevo estas palavras.
Eu vou aproveitar tudo o que tiver que viver.
Ninguém tem o direito de estragar um dia que foi feito para mim.
Nada de clichês.
- Carpe diem em sua total definição.
(Sutilmente inspirado em "Sociedade dos Poetas Mortos")