Coleção dos diários nunca lidos. VI

Não sou rebelde e muito menos quero chamar a atenção de ninlguém, é que por vezes eu faço questão de ignorar as pessoas, os fatos, tudo!

Vou ser gentil em pedir algo que é meu por direito: ser jovem, falar palavrão, fumar, ficar de pileque, ficar fora de casa, não ter horários...

E não venha me dizer que isso pode me matar. Essa sua cara mórbida é que me mata.

Se prestar um pouco mais de atenção ao seu redor, vai perceber quantas milhares de coisas podem tirar a sua vida sem que você perceba. Uma varidade de ramificações rotineiras extermina o fluxo natural das coisas e o que resta é a insanidade.

(Santa loucura que me toma!)

Entenda que você, eu e o resto da humanidade há de envelhecer (com exceção dos suícidas é claro) e ver seu próprio corpo e reflexos perderem parte da força que tem agora.

A sexualidade será explorada de outra forma.

Centrímetros de pele cederão com o auxílio da gravidade.

A visão será turva.

O pensamento será saudosista.

E a mente da mesma maneira que repetirá incontáveis vezes uma idéia, acabará a esquecendo com a mesma velocidade.

(Seus corpos vão virar comida de minhocas).

Você, que está lendo esse texto que contém um pouco de nexo pode refletir ou relevar, a decisão é somente sua. Não quero chocar ninguém com uma verdade que jamais esteve escondida.

Compreenda que vários planos podem ser feitos mas, tudo o que temos é o agora que vai se tornado passado a cada milésimo de segundo em que escrevo estas palavras.

Eu vou aproveitar tudo o que tiver que viver.

Ninguém tem o direito de estragar um dia que foi feito para mim.

Nada de clichês.

- Carpe diem em sua total definição.

(Sutilmente inspirado em "Sociedade dos Poetas Mortos")

Ligiana Ignácio
Enviado por Ligiana Ignácio em 22/05/2011
Reeditado em 08/02/2012
Código do texto: T2987046