DEVANEIOS DO PENSAR – ATOS DA VIDA
Acho que não devo mais te amar!
Talvez por excesso de minha ternura, talvez por excesso da minha loucura, ou, por loucura dos meus sentimentos, extravasei a solidão em mim.
O nosso fator RH é compatível, por vezes, conflituoso, mas sem qualquer tipo de degradação ou processo degenerativo.
Às vezes sinto-me só, às vezes, sinto-me mais só ainda, mas também tenho o entendimento que a vida é feita por escolhas e que não há apenas escolhas na vida.
A Práxis do existir fora antes motivada por um ato não necessariamente concreto, mas real, produzindo consequências com preços altos demais, jamais mensurados monetariamente – o dinheiro nesse ato é desprezível!
A decisão de achar é, na verdade - uma NÃO DECISÃO – é um ato de rebeldia do servo para seu Senhor. É algo além da vontade de não dizer, é mais forte do que o concordar é mais sofrível e angustiante do que esperar - quando não se pode, quando não se deve, quando não se quer...
É difícil, portanto, acreditar que o dever seja um ato vinculante ao sentimento, quando, muitas vezes, não se sabe sentir o que o outro sente. Como então poderão viver juntos?
Como um corpo poderá ter forma, estética e autonomia de ação e mobilidade se suas juntas aparentam-se, por assim dizer, desconectadas do eixo central?
Se não há uma explicação plausível para o caso, pelo menos, há uma justificativa - forma medíocre de ser respondida: É traumática!
Como, pois reagir a isso, quando isso já faz parte do TUDO que você internalizou?
Hei de adotar o método grego de buscar resultados medianos como forma de análise estética da “perfeição”, ou hei de apelar por um ato de profunda barbárie e selvageria e, direi: tudo ou nada!
Se o TUDO tiver a mesma intensidade do NADA, podemos então afirmar que nada existe e, que o tudo foi mero devaneio do pensar. Mas se o TUDO for diferente e, mais intenso que o NADA existente, talvez encontremos em nós a esperança de nos conhecermos melhor, pelo um pouco do TUDO que somos e que poderemos passar a SER, mesmo que o NADA venha insistir no desencontro de nossa natureza, contrariando a essência do que nada éramos e do que passamos a Ser.