DEVANEIOS DO PENSAR – ATOS DA VIDA

Acho que não devo mais te amar!

Talvez por excesso de minha ternura, talvez por excesso da minha loucura, ou, por loucura dos meus sentimentos, extravasei a solidão em mim.

O nosso fator RH é compatível, por vezes, conflituoso, mas sem qualquer tipo de degradação ou processo degenerativo.

Às vezes sinto-me só, às vezes, sinto-me mais só ainda, mas também tenho o entendimento que a vida é feita por escolhas e que não há apenas escolhas na vida.

A Práxis do existir fora antes motivada por um ato não necessariamente concreto, mas real, produzindo consequências com preços altos demais, jamais mensurados monetariamente – o dinheiro nesse ato é desprezível!

A decisão de achar é, na verdade - uma NÃO DECISÃO – é um ato de rebeldia do servo para seu Senhor. É algo além da vontade de não dizer, é mais forte do que o concordar é mais sofrível e angustiante do que esperar - quando não se pode, quando não se deve, quando não se quer...

É difícil, portanto, acreditar que o dever seja um ato vinculante ao sentimento, quando, muitas vezes, não se sabe sentir o que o outro sente. Como então poderão viver juntos?

Como um corpo poderá ter forma, estética e autonomia de ação e mobilidade se suas juntas aparentam-se, por assim dizer, desconectadas do eixo central?

Se não há uma explicação plausível para o caso, pelo menos, há uma justificativa - forma medíocre de ser respondida: É traumática!

Como, pois reagir a isso, quando isso já faz parte do TUDO que você internalizou?

Hei de adotar o método grego de buscar resultados medianos como forma de análise estética da “perfeição”, ou hei de apelar por um ato de profunda barbárie e selvageria e, direi: tudo ou nada!

Se o TUDO tiver a mesma intensidade do NADA, podemos então afirmar que nada existe e, que o tudo foi mero devaneio do pensar. Mas se o TUDO for diferente e, mais intenso que o NADA existente, talvez encontremos em nós a esperança de nos conhecermos melhor, pelo um pouco do TUDO que somos e que poderemos passar a SER, mesmo que o NADA venha insistir no desencontro de nossa natureza, contrariando a essência do que nada éramos e do que passamos a Ser.

Luiz Carlos Serpa
Enviado por Luiz Carlos Serpa em 22/05/2011
Código do texto: T2985739
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